Plantio
O plantio está diretamente ligado à ação de semear, lançar na terra a semente para que a planta germine, cresça e dê fruto.
No entanto, não se planta apenas por semente. Existem plantas que são
propagadas vegetativamente, ou seja, uma parte da planta que não é a
semente é plantada e pode se desenvolver e completar o seu ciclo.
Exemplo típico é a cana-de-açúcar, em que parte do seu colmo (tipo de caule) é plantada no solo e gera uma planta geneticamente igual. A segunda planta é um clone da planta-mãe. A isso chamamos de propagação assexuada.
Existem três tipos de plantio, são eles:
- o plantio convencional (dotado de métodos como a aração e gradagem entre um cultivo e outro),
- o plantio direto (método em que se cultiva a cultura em cima da palhada seca da cultura anterior, valendo lembrar que é de suma importância fazer a rotação de culturas nesse tipo de plantio a fim de ecitar ou minimizar ataque de pragas),
- o cultivo mínimo (está entre o sistema de plantio direto e o sistema de plantio convencional).
Dicas Importantes Para Plantio de Áreas Verdes (Reflorestamento):
1 - Buscar árvores típicas (nativas) da região a ser reflorestada; (Existem alguns livros como o ÁRVORES BRASILEIRAS, do autor Harri Lorenzi,
que trazem dicas de árvores originárias de diversas localidades no
Brasil, bem como sua forma de plantio e aspectos ecológicos. Priorize
obter os nomes científicos. Um nome científico é formado geralmente de
duas palavras sempre acompanhadas, por exemplo: Euterpe edulis,
que é o nome científico do nosso popular palmiteiro. Após a seleção dos
nomes das espécies nativas, procure as mudas em um horto florestal ou
algum produtor de mudas e certifique-se de que as plantas estão
corretamente nomeadas botanicamente (identificadas) com o nome
científico. Procure saber se elas procedem de áreas próximas para evitar
a introdução de espécies invasoras).
2 - Selecionar espécies de rápido crescimento; (É necessário
que a floresta cresça de forma rápida para facilitar a melhoria das
condições do solo e de todo o ambiente e propiciar a sobrevivência de
outras espécies. Dentre as espécies mais propícias para esta tarefa
estão muitas Leguminosas que apresentam rápido crescimento e aumentam a
fertilidade do solo).
3 - Priorizar espécies que dêem frutos para alimentar a fauna;
(estes poderão se encarregar da dispersão das sementes e ajudar no
crescimento da área de floresta. A maioria das espécies de árvores
depende do vento ou dos animais para a dispersão de seus frutos e
sementes. Os animais também se beneficiam destes recursos, o que pode
contribuir para a conservação da fauna em uma determinada região).
4 - Selecionar espécies que produzam flores que atraiam muitos
insetos e animais polinizadores; (os polinizadores irão garantir a
fecundação das flores e a produção de sementes. Estes animais necessitam
de recursos alimentares durante todo o ano para que possam sobreviver
em uma determinada área de vegetação).
5 - Escolher espécies boas para epífitas; (muitas árvores e
arbustos perdem a casca anualmente, o que pode prejudicar a fixação dos
epífitas, que são aquelas pequenas plantas (ex. samambaias, orquídeas e
bromélias) que vivem sobre os troncos. Apesar de frequentemente chamadas
de parasitas, estas plantas não sugam seiva da árvore hospedeira e
portanto não causam danos, ao contrário, apresentam grande importância
ecológica e necessitam de um tronco não descamante para a sua adequada
fixação. Como exemplo de plantas com casca descamante e, portanto, a
serem evitadas para os epífitas estão as goiabeiras).
6 – Cultive plantas de diferentes tamanhos; (obedecidas as
características acima citadas, é importante valorizar a presença de
plantas com diferentes alturas em uma área em reflorestamento. Ao
visitar uma área de floresta natural, percebem-se diferentes estratos.
Ou seja, geralmente existem: A- plantas herbáceas que são verdes e
pequenas e ficam rente ao solo e ajudam na conservação deste; B- plantas
arbustivas (arbustos) que são de tamanho médio e ficam entre as árvores
e as ervas; C- Árvores de pequeno e grande porte, que formam a
cobertura (dossel) da floresta e contribuem para o sombreamento de todo o
sistema. Também deve ser valorizada a presença de epífitas nativas
(samambaias, orquídeas e bromélias) e as trepadeiras).
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