segunda-feira, 2 de julho de 2012

Aos engenheiros agrônomos e estudantes de agronomia

Usamos, muitas vezes, nosso tempo
lendo muito sobre muitos assuntos, mas
nem sempre fazemos o mesmo com o
que respeita à nossa profissão. Com uma
pequena síntese histórica apresento o que
entendo ser o título profissional para nós.
Assim, como ocorre com todos nós,
quando nasceu o Sandro o registramos
com nome e sobrenome. Formou-se meu
colega e passou a ser engenheiro agrônomo
Sandro Al - Alam Elias, significando
que o título profissional é algo tão valioso
e a ser preservado tanto quanto nosso
próprio nome, um legado de nossos pais.
Por isso o Dia do Engenheiro Agrônomo
é para nós tão importante como o de nosso
próprio aniversário.
Tudo começou na primeira metade
do último século do milênio passado
(parece muito tempo? Pois ainda há muitos
colegas que naquela época já estavam
neste mundo). São completados 74 anos
desde que o então presidente da República
(Getúlio Dornelles Vargas, um gaúcho
de São Borja) assinou o Decreto Nº
23.196, de 12/10/1933, que “Regula o exercício
da profissão agronômica e dá outras
providências”. Era o ano do cinqüentenário
de fundação da Faem (mas o ato
não foi conseqüência direta da data, apenas
mostra que os nossos primeiros colegas
tiveram que lutar durante meio século
até que a legislação oficializasse nossas
atribuições profissionais). Então os engenheiros
agrônomos passaram a ter o exercício
profissional oficialmente regulamentado
no país (o curso continuou e continua
a ser Agronomia. Confere o título de
engenheiro pela formação que oferece.
Temos todo o respeito e toda a admiração
pela Engenharia, tanto que participamos
do mesmo conselho profissional,
Confea/Creas. Não é Engenharia Agronômica.
A Agronomia não é um ramo da
Engenharia; é uma ciência). Aquele
Decreto foi substituído pela Lei 5.194, de
24/12/1966, que regulamentou na mesma
lei o exercício profissional dos engenheiros,
dos arquitetos e dos engenheiros
agrônomos. Essa Lei e as Resoluções
218/1973 e 1.010/2005 do Confea disciplinam
nossa profissão.
Por muitos anos não havia coincidên-cia de data para a comemoração. O Rio
Grande do Sul, por exemplo, comemorava
no dia 8 de dezembro em homenagem
à data de fundação da Faem
(08/12/1883), a mais antiga no Estado e a
que funciona ininterruptamente há mais
tempo no país (a propósito, a primeira
Escola de Agronomia foi fundada em São
Bento das Lages, em 1859, na Bahia. Após
alguns anos, suas atividades ficaram paralisadas
por quase três décadas, reabriu
em Cruz das Almas e atualmente é parte
da Universidade Federal do Recôncavo
da Bahia (UFRB), criada pela Lei 11.151,
de 29/07/2005, para cuja criação serviu de
base, desmembrando-se da UFBa. Coma criação da Federação das Associações
de Engenheiros Agrônomos do Brasil
(Faeab), em 12/10/1963 (substituída em
14/05/1999 pela Confederação das Federações
de Engenheiros Agrônomos do
Brasil (Confaeab), foi unificado nacionalmente
o 12 de outubro como Dia do Engenheiro
Agrônomo. É em referência à data
(12/10/1933) da primeira regulamentação
oficial do exercício profissional da agronomia
no Brasil (a profissão já existia, mas
a regulamentação que possibilitou coibir
o exercício da atividade agronômica por
leigos, enquadrando-o em exercício ilegal
da profissão, só foi possível a partir
daquela data).
 

Você sabe por que nosso símbolo é este e o que ele significa?
Em outubro de 1969, durante
a realização do VI Congresso
Brasileiro de Agronomia
e do I Congresso Latinoamericano
de Engenheiros
Agrônomos, em Porto Alegre,
foi escolhido o logotipo, substituindo
o arado de aivecas e
o teodolito, para ser adotado
como símbolo da Faeab e entidades
filiadas, representando
as seguintes idéias: a) congregação
de entidades; b) defesa
e valorização profissional; c)
participação do engenheiro
agrônomo no desenvolvimento
agrário do Brasil.
O logotipo é composto de
seis “A” formando uma figura sextavada com um espaço central também sextavado
e com seis raios separando os “A”, que significam o seguinte: Os “A” representam as
associações de engenheiros agrônomos dos Estados filiados à Faeab, mostrando no
seu conjunto a união das mesmas nas soluções dos problemas das Associações, dos
Agrônomos, da Agronomia, da Agricultura, da Agropecuária e da Agroindústria. O
sextavado central é o centro de debates onde são discutidos assuntos da classe, anteriormente
relacionados, tanto aceitando como propondo opiniões da própria categoria
profissional, dos governos municipais, estaduais e federal. Os raios indicam os
caminhos para a entrada e a saída de assuntos provindos de vários segmentos. No
mesmo Congresso, o logotipo também foi escolhido como símbolo dos engenheiros
agrônomos no Brasil.
A profissão e os compromissos com ela são de todos os profissionais e a responsabilidade
por nossa profissão é toda e apenas nossa, algo absolutamente intransferível.
Só assim poderemos garantir nas próximas gerações a garra e o destemor necessários
para vencermos as imensas dificuldades que sempre enfrentaremos, pois nunca
foi e nunca será diferente.

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